quarta-feira, 18 de julho de 2012

300 MILHOES APENAS DE REPASSES FEDERAIS – CADE TODO ESTE DINHEIRO?


Parauapebas recebeu mais de R$ 300 milhões em 2011  
Dinheiro é referente a repasses federais e ao maior superávit comercial do ano. Este valor não inclui os repasses da VALE e as receitas de ISS e outras. Apenas repasses vinculados.

Não é preciso ser economista, contador ou advogado. Basta ser cidadão para concluir que as contas não fecham. É impossível uma administração receber tantos recursos e entregar tão pouco a comunidade. Nem uma UTI  de Hemodiálise, nada.

EVANDRO CORRÊASucursal Sul e Sudeste do Pará
O município de Parauapebas, no sudeste do Pará, recebeu do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de janeiro a novembro de 2011, R$ 39.454.245,56 (trinta e nove milhões, quatrocentos e cinqüenta e quatro mil, duzentos e quarenta e cinco reais e cinqüenta e seis centavos). O maior repasse ocorreu em maio, quando foi repassado ao município mais de 4 milhões de reais. No mesmo período, o município recebeu R$ 49.465. 935, 56, destinados à educação e R$ 16.113.604, 79 para a saúde. No total, o Governo Federal repassou à administração do petista Darci Lermen em 2011, a cifra de R$ 330.984.450,16 (trezentos e trinta milhões, novecentos e oitenta e quatro mil, quatrocentos e cinqüenta reais e dezesseis centavos).
Por outro lado, Parauapebas registrou o maior superávit nacional no ano passado. De janeiro a novembro de 2011, 2.373 municípios brasileiros realizaram operações de comércio exterior. Parauapebas-PA (US$ 10,655 bilhões) teve o maior superávit entre as localidades brasileiras, seguido por Angra dos Reis (US$ 9,594 bilhões), Nova Lima-MG (US$ 4,157 bilhões), Anchieta-ES (US$ 3,719 bilhões) e Itabira-MG (US$ 3,297 bilhões).

Angra dos Reis-RJ foi o município que registrou a maior exportação no período (US$ 12,78 bilhões). Na seqüência os que mais exportaram, entre janeiro e novembro deste ano, aparecem: Parauapebas-PA (US$ 10,933 bilhões), São Paulo-SP (US$ 8,15 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 5,926 bilhão) e Santos-SP (US$ 4,861 bilhões).Na lista dos municípios que mais importaram no período, estão: São Paulo-SP (US$ 13,672 bilhões), Manaus-AM (US$ 11,957 bilhões), São Sebastião-SP (US$ 8,208 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 6,648 bilhões) e Itajaí-SC (US$ 6,223 bilhões).

Então, o que fazemos, sociedade civil organizada. Cadê os cidadãos que trabalham e lutam por uma vida melhor. De quem é seu voto. Vai apenas vende-lo e depois arrepender por mais quatro anos? Nunca tivemos uma oportunidade melhor em Parauapebas, para mudar este estado de coisas. Temos candidatos viáveis, temos a LEI DA TRANSPARENCIA e temos agora os primeiros cidadãos nascidos aqui e que amam esta cidade. Não podemos mais, em mais uma eleição, manter os mesmos grupos de poder que nos últimos vinte anos acabaram com as possibilidades de desenvolvimento desta localidade. Guerreiros, vamos a luta, vamos modificar esta frente. Escolham seus candidatos com raiva, com vontade de mudar. Mas não cruzem os braços depois, vamos vigiar, criar uma oposição de verdade. Pergunto: cadê os políticos de Parauapebas, cadê os líderes, cadê os inteligentes? Próximo capitulo: uma quadrilha.

Um comentário:

  1. Infelizmente ainda vivemos a barbárie em Parauapebas e em vários outros municípios brasileiros. Digo e afirmo isso com muita propriedade e conhecimento de causa. Quando digo, barbárie, estou me referindo a total falta de respeito de políticos corruptos aos interesses sociais. Interesses dos cidadãos que os colocaram no poder. Entretanto poderia agora fazer alusão à velha máxima, "toda sociedade tem os políticos que merece". Entretanto sou totalmente contrário a essa frase devido a um simples fato. A falta de educação de qualidade é que faz com que o povo ainda venda seus votos por uma dentadura, um saco de cimento, um carrinho de supermercado, entre outras coisas de valor social minúsculo, individualista e de fato mesquinho. Mas é essa mesma falta de educação, a maior ferramenta que os políticos covardes e corruptos que me refiro, utilizam como ferramenta para proporcionarem a política do "pão e circo" e manterem o eleitorado preso a uma ignorância que lhes impede de enxergar mais a diante. Vale ressaltar que o mais a diante aqui está literalmente relacionado ao futuro. Ao futuro do bairro, ao futuro dos filhos e netos. Porque uma cesta básica alimenta hoje, uma dentadura serve somente a uma pessoa e assim sucessivamente. Precisamos de cidadão comprometidos com o futuro. Com o seu futuro, com o futuro dos seus filhos, com o melhor pra cidade. Entretanto, pensar no futuro requer um "conforto de agora" que lhe possibilite gerar expectativas, sonhos altos e intenções de desenvolvimento. Vale frisar que desenvolvimento aqui está relacionado a ideia de mudança de fase, mudança de condição social o que não tem muito a ver com crescimento. E mais uma vez sem educação, sem bases sólidas para a geração dessas perspectivas não haverá futuro. Os filhos tenderão ser tão mesquinhos quanto os pais que elegem políticos corruptos que por sua vez satisfazem-se da ignorância dos seus eleitores exatamente por também serem mesquinhos. Essa á barbárie. Esse é o caos e a crise política que tenho me referido em alguns momentos da vida. Ha uma frase, cuja autoria, se não me engano é de Rosa Luxemburgo na qual ela diz, "quem não se movimenta não sente as cadeias que o prendem". Simples assim. Fato consumado. O movimentar-se aqui está atrelado a ideia de conhecimento. De buscar, de investigar, de pensar, de não ser apático ou alheio ao que lhe circunda. Entretanto para que esse movimento ocorra, é preciso pelo menos se "debater" se incomodar com os fatos, questionar. E até onde tenho visto, para que um questionamento ocorra é necessário antes de mais nada ter um conhecimento de causa, ter instrução para tal, vislumbrar o diferente, a mudança e projetar nesse horizonte um futuro consolidado. Isso na história do mundo não tem sido feito com muita frequência. Sociedades ditas desenvolvidas educam seus cidadãos. Instruem suas crianças para que elas venham a se tornar eleitores conscientes de seus papéis sociais onde investigam, questionam, discutem ideias para a melhoria da própria sociedade. Infelizmente Parauapebas vivendo às custas da exploração mineral, acompanhada da renda federal fornecida ao município, que diga-se de passagem é um montante considerável. Poderia e pode fazer muito mais pelas pessoas que vivem ou que chegam na cidade. Entretanto, políticos semi-analfabetos, sem valor moral consolidado, mesquinhos por natureza continuarão a pensar primeiramente nos seus bolsos em detrimento às pessoas que os elegeram. Consolidação da barbárie.

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