quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Repetimos, tragédia absoluta! Agora Parauapebas



TRAGÉDIA ABSOLUTA II









 
Materia de 2013, muito atual. Hoje com geraçãode riqueza maior e pobreza e desemprego infinitamente desconcertantes






As mazelas sociais e a ausência total de assistência, fizeram de Parauapebas nos últimos quatro anos literalmente um inferno. Aliados a violência institucionalizada, à juventude sem ocupação, ao desemprego estrutural, esses ingredientes formam um cenário de muita preocupação e um barril de pólvora literal. O que a sociedade fará para debelar a crise, não sabemos. Não há grupos ou poder focado no destino da cidade que se esfacela a cada dia. Assistimos a um horrível e cruel horror end de uma cidade que prometeu por mais de vinte anos e não vingou, destruída pela sanha inconsequente de seus lideres e pela passividade e crença absurda de seus moradores e empresários.


O cenário danoso e perverso da Parauapebas atual parece não ser percebida ou sentido por seus agentes políticos e econômicos. O desemprego estrutural que se abateu e ganhou corpo nos últimos três anos não pára de fazer vítimas. Mais de 30 mil pessoas encontraram na rodoviária a única e melhor saída. Nossas estimativas prevê mais 50 mil seguindo o mesmo caminho.

Os serviços públicos estão minguando e isso preocupa. A auditoria da Bolsa Família trouxe a necessidade do recadastro e a prefeitura não dá conta de fornecer veículos ou pessoal especializado para fazer frente às exigências federal. Assim o benefício está sendo cortado de muitos necessitados que neste momento tem nessa renda miserável seu único recursos para não passar fome.

O pronto-socorro foi desativado. O sistema de transporte público atende apenas seus donos, as cooperativas e os moto taxistas. Esquecem completamente seus clientes usuários, servindo-os somente para arrecadação.

Não há oferta de novos empregos e a prefeitura sozinha não absorve, há limites tanto legais quanto morais para tal utilização da máquina pública.

As massas se inquietam. A perspectiva de vender o voto, de trabalhar nesta ou naquela campanha passou. O que fará essa massa desesperada e com a saída cortada, nesse início nada promissor de 2017? Acho que as autoridades local deveriam se preocupar. Eu como cidadão estou muito preocupado.

Não estamos enxergando esforços ou busca de soluções por quem vai governar a cidade. Não estamos vendo interesse ou esforço de solução por parte dos sindicatos, de grupos organizados, de outrem que não sejam os próprios desempregados. É um péssimo sinal. Massa dispersa, qual pólvora. 

Dias finais de um desgoverno trágico, o cenário atual é ainda mais terrivel porque não sinalizou saída, solução, ao menos busca de soluções de curto ou médio prazos. O sucateamento da cidade ainda não refletiu na arrecadação de recursos feitos pela VALE. A cidade continua recordista de produção e faturamento. São bilhões em produção mineral que devastam a cada dia mais celeremente a esperança de construção de uma cidade minimamente humana e para seres humanos.

O susto que temos quando tratamos com pessoas que ganharam muito aqui e percebemos suas malas prontas para a partida revelam que sociedade egoísta e perversa criamos nesses anos todos de farta produção, escoamento, valorização e venda do minério de ferro.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Adeus Rio Fresco!



SÃO FÉLIX, A MORTE DO RIO FRESCO







 


“HÁ ALGO DE ERRADO no nosso Xingu, quando um caçador mata um animal silvestre isto pode leva-lo para a cadeia, mas destruir um rio inteiro, provocar a contaminação dos peixes, deixar aproximadamente meio milhão de pessoas sem água potável  e provocar a extinção de toda espécie existente neste local, ser punido apenas com multa, já demonstra que estamos com sérios problemas com nosso maior patrimônio, o qual chamamos de Rio Fresco.” Desabafa Alvino Filho, integrante do Projeto VIVA O RIO FRESCO, que luta em busca de soluções sustentáveis para todos, abraçando o leito do famoso rio, em conjunto com Allan Arraes e Filipe Alves.



Partir de Ourilândia, máquinas e homens, numa brutalidade feroz estão determinados a liquidar o rio e a floresta no em torno. E estão conseguindo. Hoje a paisagem assusta pela transformação.



 

E ninguém vê. Nenhuma autoridade, seja a nível municipal, estadual ou federal. O ouro ilegal retirado é enviado para suprir contas e lavar dinheiro mundo afora. A dívida ambiental, social, moral e econômica fica para São Félix do Xingu, que recebe a destruição e está sozinha, na linha de frente pela preservação das belezas e do ambiente do Xingu.

As imagens que ilustram essa matéria falam por si. Esta impressão de feridas, de fraturas na terra e mata são reais. A pressa na garimpagem ininterrupta das riquezas da florestas não respeita nada. Nem a lei, nem a vida.

Perguntamos ansiosos: onde estão as autoridades? Cadê o IBAMA, DNPM, PF, MPA e tantas autoridades. Porque ninguém fez ou faz nada?