Secretaria da Segurança do Maranhão
ainda não divulgou linha de investigação; retrato falado deve ser divulgado
nesta quarta-feira
Wilson Lima, iG Brasília | 24/04/2012
18:16:46
O blog era o mais lido do Estado com 2,7 milhões de acessos únicos por
ano. Ele morreu após ser alvejado com seis tiros na noite de segunda-feira.
Três atingiram o jornalista.
Segundo informações de fontes ligadas à Secretaria de Segurança (SSP),
existem pelo menos duas linhas de investigação. A Polícia, entretanto, não
pretende divulgá-las para não atrapalhar a elucidação do crime. “Mas não existe
dúvida de que o crime tem relação com a atividade que ele exercia no blog ou no
jornal”, declarou Mendes.
Durante a madrugada, internautas fizeram reverência a postagens que o
jornalista fez denunciando crimes de pistolagem no Estado. Mendes ressaltou que
esse crime não foi encomendado em menos de um dia. “Foi algo profissional”,
ressaltou.
O crime foi planejado há vários dias, segundo a SSP. Sá foi morto quando
estava em um restaurante na avenida Litorânea de São Luís., por volta das
23h30.
A polícia já tem algumas pistas sobre os autores do crime. Um retrato falado dos
assassinos deve ser divulgado nesta quarta-feira (25) em São Luís . Ainda conforme a Secretaria da
Segurança do Maranhão, foi montada uma frente com três delegados de política
para elucidar o assassinato de Sá.
“É um crime de difícil elucidação, mas daremos respostas o mais rápido
possível”, declarou. Nesta quarta-feira, um grupo de empresários do Maranhão
ofereceu uma recompensa de R$ 100 mil para quem der pistas sobre o paradeiro
dos assassinos.
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP) e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB),
divulgaram notas oficiais lamentando a morte do jornalista . Roseana disse que o governo do
Estado em hipótese alguma ficará inerte diante de tamanha brutalidade.
Sarney afirmou que
“Esse crime hediondo, brutal e cruel tem que ser desvendado para punir os
culpados e despertar, cada vez mais, a consciência para a proteção e o respeito
à liberdade de imprensa. Seu assassinato, além de uma atrocidade, é um atentado
à democracia”.