LULU BERGANTIN!
Porque ainda não é a vez de Parauapebas...
Soa
preocupante a mesmíssima atuação dos novos governantes de Parauapebas,
em relação ao nosso futuro. Não houve ruptura, pelo menos até agora.
Estamos torcendo pelo “beneficio da dúvida”. De repente Valmir da
Integral tem e consegue impor todas as soluções que aguardamos. Mas de
fato não é isto que estamos percebendo. Busca-se a mesma maneira de
trabalhar, apostando no tempo. Quando deveria se apostar contra o tempo.
Não temos quatro anos. Temos apenas dois anos para se transformar
Parauapebas. Todas as grandes metas que acreditamos um governo coerente
teria, estão seriamente
comprometidas. Façamos as contas: sistema de esgoto. Verba
internacional, no mínimo quatro anos para captar, isto após o projeto
estar pronto e todos os estudos de viabilidade e licenças ambientais
conseguidas. Novo sistema viário de Parauapebas. Mínimo de seis anos
para iniciar e concluir. Verba internacional. Prazo de licitação, dois
anos. Apenas com os projetos, um ano. Mais dois a quatro anos para
a captação das verbas e licitação. Entrega das obras, apenas Deus sabe.
Duvidam: bastam olhar o novo hospital municipal. Há quantos anos
estamos esperando por ele? E olha que a compra dos equipamentos, o
treinamento e alocação do pessoal nem são imaginados ainda. E seu
discorrer sobre a perda de tempo que estamos assistindo, a comunidade
não vai acreditar em mim e falar que estou torcendo contra. Jamais.
Valmir da Integral é cria da minha consultoria. Por mais de dez anos fui
seu conselheiro e criamos juntos este projeto de prefeitura, esta no
livro MANUFATURA, publicado em 2010 e a venda.
O que me surpreende é a moleza e a antiga crença de que secretários podem fazer e administrar tudo
sozinhos. Não podem. O mandatário maior é o prefeito. Cabe a ele o
macro planejamento ou o planejamento estratégico. É dele a capacidade e a
delegação da execução orçamentária que pode ser considerado, quando bem
feito o macro planejamento que estou falando.
O ideal seria a assistência e ação de um conselho de administração, nos moldes das grandes corporações. A
orientação técnica relativas ao investimento, a prioridade de obras e a
correta aplicação dos recursos existentes mais a credibilidade que um
bom conselho traz, inclusive para captação de verbas do BNDES e AGENCIAS
INTERNACIONAIS são fundamentais para a modernização e reconstrução da
nossa cidade. a descrição da ação desse conselho esta no projeto
PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE, solicitado a mim por JOVER e PESSOAL DA
VALE e nunca assumido. Estamos preparando a publicação do livro homônimo
com o projeto, ficará para as gerações futuras.
Este
governo não é a ruptura que Parauapebas precisa. Não é porque não
aproveitou os antigos vereadores para aprovar as alterações na lei
municipal que viabilizariam a transformação desta imensa favela numa cidade. Não
é porque ingenuamente aceitou as contas e o orçamento de duas
quadrilhas, que todos sabem saquearam a cidade por mais de dezesseis
anos: Bel Mesquita e Darci Lermen. Não é a ruptura porque não conhece de Planejamento Estratégico, não tem planos de contingência e acredita ainda que, seus aliados, de olho na Camara Estadual podem ajudar a transformar esta cidade. Pelo
caráter político da formação desse novo governo. Político sim, porque
não aproveitou técnicos locais, devido a política. Não se coloca pessoal
técnico em cargos estratégicos por causa da aceitação popular. Jamais.
Os técnicos de alto nível geralmente são odiados pelas massas. Por
exemplo, tirar Claudio Almeida de uma secretaria porque o povo o rejeita
é de uma sandice cretina. Claudio é um cidadão do bem e sabe trabalhar. Mas é altamente capacitado politicamente
e poderia fazer sombra a seus aliados... então ta, o governo de
empresários, técnico, ainda não apresentou sua técnica de gestão. Esta
relativamente imobilizado, por erros bestas e incoerentes com a ambição
de seus pares. Técnicos alienígenas: porque santo de casa ou não faz
milagres ou não freqüenta as rodinhas e os bolinhos de vagabundos
atrelados ao poder, não servem ou poderiam ser questionáveis. Técnicos
advindos de outra realidade, precisam aprender antes as regras do jogo, a
historia, a sociologia, os costumes e tradições locais. Perderão um
tempo que não se tem, aprendendo e seus projeto não vingarão. As rixas e
o ciúme político farão que tudo fique apenas no papel.
Ou
acham que Bel, Darci eram tão incapazes por não terem feito
absolutamente nada para transformar Parauapebas? Num aviso, vejam só o
que a Buriti e a Nova Carajás fizeram por todos estes políticos sem
vergonha que cito: em três anos criaram uma nova cidade, uma nova
favela, com aparência de cidade: asfalto sobre terra crua, sem um metro
de esgoto sequer. Ganharam rios de dinheiro, dando uma repaginada na
favela Parauapebas, apenas com loteamentos sobre áreas de proteção
ambiental, desprezando todos os conceitos de urbanismo, as leis de uso e
ocupação de solo urbana,os princípios legais da Lei 9514, Lei 6766 e
inclusive, rasgando o próprio código municipal. Não acrescentaram nada a planta urbana, apenas mais casas e mais dividas.
Não
há rede de esgoto, não construíram uma escola sequer, não doaram um
centavo para a saúde municipal. Estão saqueando a cidade. contribuindo
apenas para que paguemos mais impostos sem o devido retorno. Coisas que a
corrupção publica trazem para o futuro das cidades. Onde estavam o
prefeito, seus secretários e vereadores? Todos ignoram a constituição, o
código civil, as leis federais sobre ocupação urbana. Estas empresas
deveriam ser chamadas para assumir suas responsabilidades agora. Ao
menos, conforme propomos no macro-projeto PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE,
que se tornem financiadores e concessionárias do sistema de esgoto de
Parauapebas.
Finalizando,
hoje temos um fato novo rondando os lares: quem antes batia ou
criticava o PT, hoje tem telhado de vidro. Não há quase nada a fazer no
curto prazo. Toda a transformação deve ser iniciada agora na forma de
leis e projetos e planejamento e alocação dos recursos humanos e
materiais. A edificação será no médio ou longo prazos, se quiserem
construir realmente algo neste cidade. recursos e aval internacionais
tem-se: basta acionar a MINERADORA VALE para berlinda desta campanha de
transformações.
Voltando
ao CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, que foi ignorado, seria o núcleo em torno
do qual poder-se-ia concentrar as alterações no modus operandi da
cidade: corrupção, ignorância, baixa administração, interesses pessoais e
de amigos. Ao não assumir os trabalhos de forma profissional ainda em
2012, logo após o resultado das urnas, este governo perdeu seu primeiro
ano de trabalho. Não se alterou as leis, não se estudou as
possibilidades de negociação para as grandes obras e nem se definiu por
quais começar. Não se auditou um centavo, não se preocupou com a
possibilidade de retorno dessa montanha de recursos desviada para os
cofres públicos. Não se enfrentou de vez a raiz dos nossos graves problemas. Neste tímido inicio de governo, tem-se a impressão que são empresários
pensando na prefeitura como em suas empresas. Que podem decidir tudo
sozinhos, que tem completo conhecimento da maquina e que ainda serão
eleitos deputados estaduais. Estão enganados, apenas o tempo demonstrará
seu erro. Queremos e precisamos que este governo acerte, mas queremos
atuar.
Talvez
a única forma de nós locais, atuar neste governo, seja fazendo oposição
inteligente e estratégica. O que nos, esta comunidade cansada de ser iludida
por promessas vãs podemos fazer, que tenha efeito a altura do nosso
voto? Como impedir que as contas do antigo grupo sejam aprovadas por
acordo de gabinete? Como impedir que este novo governo faça como os
anteriores e pensem apenas pensando em si?
O
projeto TRANSPARENCIA PARAUAPEBAS, pode trazer novas luzes sobre a
gestão da nossa cidade. Pode vigiar este governo e seus conchavos. O que
posso afirmar é que as contas de todos estes empresários e suas ações
administrativas, a frente dos seus negócios, não são tão próprios assim.
Tem ladrão ai, tem lobo vestido de cordeiro. E um mandato não tem
quatro anos. Tem quatro dias. Chico das Cortinas sabe muito bem o que
estamos dizendo...
Para encerrar, que tal um hai kai?
PEBAS
Pebas, uma oração
Um canto, uma lágrima, um riso
Quem te deixou assim, fina moça
Quem te mutilou para sempre?
Paulo Souza, in (LUA!) bookess editora
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