terça-feira, 19 de maio de 2020

A dimensão da tragédia consentida: Sofremos diáriamente o susto e o medo, até quando?



   A pergunta agora é onde será o novo cemitério de Parauapebas. Ou quando se iniciará a necessária  e urgente expansão do atual. 



Para se entender a tragédia



O governo municipal deveria antecipar as decisões acerca do local do novo cemitério ou iniciar as obras para a expansão do campo sagrado atual. Não deveria deixar para a última hora e fazer gastos acima do mercado para grandes terrenos urbanos.

Não sabemos quantas anda o planejamento municipal quando ao esgotamento do cemitério atual, na Faruk Salmen. Sabemos que a pandemia trará nova demanda diária para aquele espaço já visivelmente ocupado.

A previsão evita a tragédia da procura urgente e dos aproveitadores de ocasião, como os supermercadistas e postos de combustíveis locais que já estão surfando na onda do dólar às alturas e da pressão por atendimento que a nova realidade trouxe para todos.

Infelizmente nossa previsão se concretiza no dia a dia e os óbitos num crescente apontam para a pressão sobre os serviços funerários em escala epidêmica, em que familiares e outros possam fazer um velório, cuidar do ente querido no seu momento final.

É uma tragédia que se abate sobre nós humanos e em especial sobre esse aglomerado local chamado Parauapebas. 

Cujas autoridades não conseguiram se antecipar, precaver ou oferecer as respostas urgências e necessárias que esse vírus trouxe consigo.

Lamentamos os mortos e as perdas dos seus entes queridos. Mas não podemos deixar de lembrar que somente apartir do dia 16 de março, sob alerta disparado por nossa consultoria(http://publicarevista.blogspot.com/2020/03/a-gestao-doente-e-irresponsavel-numa.html),que encontrou eco nas palavras\denuncia\cobrança da vereadora Joelma Leite é que o executivo se mexeu. Muito tarde, na verdade tarde demais.

Naquele momento esperávamos uma dinâmica forte e decidida da gestão municipal e Vale. Vimos uma aposição caótica e extremamente autoritária, cujo desfecho estamos assistindo e sentindo.

Esse cemitério é iniciativa do executivo, mas o legislativo deve e pode se antecipar e se propor a abrir caminhos para que, daqui a alguns dias, corpos não tenham onde serem enterrados. Não queremos ver corpos chegarem ao cemitério e não terem onde enterrar, não terem pessoal para preparar as cerimonias ausentes de adeus.

Sentimos fortemente e queremos sobreviver, então respeito aos mortos. Não queremos covas coletivas abertas por escavadeiras. Não queremos caixões em casa ou à porta do cemitério já sem espaço ou condições de enterrar mais pessoas.

É um novo e terrível tempo, tempo da dor e do medo. Mas tempo sobretudo de ação das ditas autoridades que elegemos e pagamos muito bem para cuidar de todos nós.
EXCLUSIVAMIDIA: Alertamos, postamos fatos e a prefeitura fazendo do seu jeito irresponsável e de grupo. O problema é de todos e todos devem ser ouvidos

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