quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Mais de 15 mil educadores paraenses participaram de cursos de formação continuada durante este ano

 Mais de 15 mil educadores paraenses participaram de cursos de formação continuada durante este ano

Apesar da pandemia da Covid-19, o balanço geral das formações foi positivo. Foram 60 cursos ofertados e 3.600 horas de formação continuada

O ano de 2020 foi desafiador em vários aspectos, principalmente em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que obrigou, por exemplo, o processo de ensino-aprendizagem a buscar alternativas para que tivesse continuidade durante todo este período. Desde março, com a suspensão das atividades educacionais presenciais, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio do Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará (Cefor), se adaptou à esta nova rotina de cuidados e deu continuidade a oferta de cursos aos profissionais da educação pública paraense, de maneira virtual.

A parceria entre o Cefor, a Coordenadoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Ceinf), Coordenadoria de Ensino Médio (Coem), Coordenadoria de Ações Educativas Complementares (Caec), Coordenadoria de Educação Especial (Coees), Coordenadoria de Tecnologia Aplicada à Educação (Ctae), Núcleo de Esporte e Lazer (Nel) e Sistema Educacional Interativo (Sei), resultou em uma integração para que se pudesse promover as formações continuadas aos educadores.
 
No total, 15.083 profissionais da educação se cadastraram na plataforma do CEFOR e participaram de cursos distribuídos em seis eixos formativos, como: Educação Especial; Educação Digital; Alfabetização e Letramento; Didática e Práticas Pedagógicas na Educação Básica; Avaliação em Larga Escala e o Uso Pedagógico de Indicadores Educacionais; e Currículo e Avaliação da Aprendizagem na Educação Básica.

Desse modo, a Seduc disponibilizou cursos de formação continuada com certificações garantidas, tanto para educadores da rede estadual, quanto das redes municipais de ensino, através do Google Sala de Aula. Por meio dessa plataforma de aprendizagem, foi possível instrumentalizar e contribuir com a reflexão acerca da práxis pedagógica e, consequentemente, suscitar inovações no que se refere às atividades pedagógicas e potencializar o exercício intelectual contínuo em torno das práticas teórico-metodológicas docentes para o ensino, nas mais diversas áreas do conhecimento.

Segundo o coordenador do Cefor, Prof. Augusto Paes, não restam dúvidas de que o cenário pandêmico impôs grandes desafios no processo de formação continuada dos educadores. Neste contexto, as múltiplas realidades existentes no território paraense desafiaram os profissionais envolvidos nos cursos que, dentre outras ações, promoveram a busca ativa virtual para garantir a perenidade docente nos cursos. 

Dentre outros objetivos, as qualificações ministradas tiveram o intuito de aprimorar o desenvolvimento profissional e promover o fomento às práticas pedagógicas inovadoras. Desse modo, foi possível intensificar a oferta de cursos nos seis eixos formativos, de modo peculiar, voltados à Educação Digital, que  foi uma das grandes necessidades expostas durante a pandemia. 

Ao todo, o programa de formação continuada ofertou 60 cursos em 2020, o que representa mais de 3 mil horas de ações formativas, com 15 mil docentes certificados nas 12 regiões de integração do estado do Pará.

“Ao analisar o caminho trilhado, é possível observar que conseguimos avançar, de forma significativa, graças a dedicação e profissionalismo dos servidores envolvidos em todo processo de formação, além da grande integração que foi sendo articulada com as demais coordenações da Secretaria Adjunta de Ensino (Saen), com destaque para a Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (Ctae)”, enfatiza o coordenador do Cefor.

Durante todo este ano, foram propostas diversas ações estratégicas no âmbito educacional, com destaque para o programa “Para Casa”, iniciativa promovida entre o Cefor, Ceinf e Ctae, com conteúdos parametrizados à matriz do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Dessa maneira, foram disponibilizados mais de 3,5 mil materiais de estudos inéditos, por meio do Google Formulário, aos alunos da rede estadual e das demais redes de ensino do estado do Pará, com o intuito de assegurar aos estudantes o aprendizado necessário durante esse período de isolamento social, principalmente para os que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no início de 2021.

Por fim, o coordenador ressalta a importância de todas as formações promovidas durante este ano e, principalmente, o empenho e dedicação dos docentes participantes. “Todos os cursos foram avaliados pelos educadores de forma muito positiva. Ficou bastante evidente, durante o processo avaliativo, a gratidão e o reconhecimento da necessidade contínua de formações voltadas às práticas docentes, sempre como campo aberto a novas aprendizagens, inclusive na troca de experiências com outros profissionais da área da educação, dessa forma, fortalecendo no Pará, a criação de uma rede de aprendizagem entre todos nós, professores”, finaliza Augusto Paes.


Noticia: Agência Pará

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Campanhas de vacinação encerram mas imunização contra sarampo e poliomielite ficam disponíveis nas unidades de saúde

 Campanhas de vacinação encerram mas imunização contra sarampo e poliomielite ficam disponíveis nas unidades de saúde

Encerram-se, nesta quarta-feira (30), as Campanhas de Vacinação contra o Sarampo e Poliomielite, mas as vacinas continuam disponíveis nas salas de vacinação de todas as unidades básicas de saúde do Estado no horário normal de atendimento.

Segundo o diretor do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Bruno Pinheiro, a situação é preocupante porque nenhuma das campanhas atingiu a meta de vacinação.

Ele lembrou que elas começaram no dia 24 de agosto e foram prorrogadas três vezes, sempre com o intuito de dar uma nova oportunidade à população de se vacinar e ao serviço público de resgatar as coberturas vacinais. “Infelizmente, parte da população ainda não percebeu o quanto é importante vacinar as crianças para evitar doenças graves como essas”, lamentou.

A meta da campanha contra o sarampo era vacinar 95% de um total de 3.485.894 pessoas, da faixa etária de 20 a 49 anos, porém, só foram vacinadas 971.605, correspondendo a apenas 27,7% do total. “Em relação a poliomielite, o resultado foi melhor, mas também abaixo do esperado. Tínhamos que vacinar 95% de 595.688 crianças, de 1 a 4 anos, e conseguimos alcançar 379.541, ou seja, 61,64% da meta”, informou Bruno.

Rotina - Bruno Pinheiro ressaltou, no entanto, que as unidades básicas de saúde continuam com estoques disponíveis de vacina para rotina de vacinação de crianças, jovens, adultos e idosos. E faz um apelo para que as famílias procurem atualizar o esquema vacinal das crianças e adolescentes, pois estão sendo acometidas pelo sarampo hoje exatamente as pessoas que não tomaram vacina no passado. “Todas as pessoas não vacinadas e que nunca adoeceram de sarampo são suscetíveis ao adoecimento, só a vacina garante a proteção”, alertou.

De acordo com Bruno Pinheiro, no início do surto de sarampo no estado, os casos se concentravam na Região Metropolitana de Belém (RMB) em função do maior contingente populacional. “Agora, nossa preocupação é com a região do Marajó, que tem registrado casos principalmente nos municípios de Portel, Breves e Bagre. “Portanto, é importante que as populações de todas as regiões paraenses estejam vacinadas contra a doença para que o vírus pare de circular e o Pará deixe de ser o primeiro no ranking de casos da doença no Brasil, com 65% do total. Enquanto houver pessoas não vacinadas, haverá casos de sarampo no Pará “, alertou.

Ações da Sespa – Além de assegurar a distribuição dos imunobiológicos e insumos (seringas e agulhas) necessários para a vacinação da população em todo território paraense, a Sespa presta assessoria direta aos 13 Centros Regionais de Saúde, com capacitação, avaliação e monitoramento para o alcance das coberturas vacinais nos municípios de jurisdição de cada centro e tem orientado as gestões municipais a adotarem novas estratégias para resgatar as baixas coberturas vacinais.

Entre essas estratégias estão: fazer triagem dos pacientes para elegibilidade à vacinação, ampliar horários de atendimento mais convenientes ao comparecimento às unidades de saúde, realizar palestras educativas para vencer a resistência dos pais ou da comunidade às imunizações, avaliar as necessidades de imunização durante as consultas clínicas Oferecer vacinas para aqueles que procuram uma unidade de saúde ou farmácia, fortalecer o conhecimento sobre as vacinas e combater a desinformação sobre imunização na internet e nas redes sociais.

Segundo Bruno Pinheiro, é importante que os profissionais de saúde incentivem os pacientes a vacinar usando intervenções baseadas no diálogo, que são consideradas as mais eficazes, abordando três tópicos: “Por que a vacina é recomendada?”, “Sublinhar as consequências da doença evitável por vacina para o paciente” e “Mostrar os benefícios que são oferecidos pela vacina”.

Ele informou, ainda, que a Sespa também já aprovou na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), um incentivo financeiro aos municípios paraenses que alcancem as metas de vacinação do calendário das crianças até 1 ano de idade. “Dessa forma, a gente forma uma população adulta protegida e um território com barreiras biológicas contra a transmissão e disseminação de doenças imunopreveníveis”, finalizou.

 

Noticia: Agência Pará


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Após sentença, advogado comenta estratégia para libertar Robson Oliveira


 

Nesta quarta-feira (9), Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista do jogador de futebol Fernando Lucas Martins, foi condenado a três anos de prisão na Rússia por contrabando e tentativa de tráfico de drogas.

A condenação se dá pelo fato de o brasileiro ter entrado no país com caixas de um medicamento à base de cloridrato de metadona, substância proibida pela legislação russa.

Robson está preso na Rússia desde março de 2019, apesar de alegar desconhecimento sobre o remédio que carregava em uma mala fornecida pela família de Fernando durante o embarque no Rio de Janeiro. O produto pertencia a William Pereira de Faria, sogro do atleta, que não chegou a prestar depoimento às autoridades russas sobre o assunto. Seu advogado, segundo o Globo Esporte, afirma que o depoimento de William não foi pedido enquanto ele estava na Rússia e que a Justiça russa não aceita interrogatório à distância

Desde a prisão de Robson, o caso tem despertado grande interesse no Brasil, mobilizando diversas personalidades e autoridades, inclusive no mais alto escalão da República

No julgamento desta quarta-feira (9), havia uma grande expectativa porque, somadas as penas máximas dos crimes pelos quais o brasileiro foi acusado, ele poderia pegar uma pena de até 25 anos. A promotoria, por sua vez, pediu 12 anos de reclusão, e prometeu recorrer da decisão final.

A pena mínima de três anos pegou de surpresa a defesa de Robson, que comemorou a sentença. Como já está preso há um ano e nove meses, ele só precisaria cumprir mais 15 meses. Um recurso, no entanto, deve ser apresentado nos próximos dias, para que um novo julgamento seja realizado, em segunda instância

"O Ministério Público [russo] ficou bastante insatisfeito com essa sentença de três anos que a juíza deu para o Robson. E, provavelmente, eles vão entrar com um recurso de apelação. A partir da sentença, eles têm dez dias para ingressar com esse recurso de apelação", afirmou em declarações à Sputnik Brasil o advogado Olímpio da Silva Soares, que representa Robson Oliveira no Brasil. 

De acordo com Soares, a defesa do brasileiro também planeja entrar com um recurso pedindo que o réu seja transferido para que cumpra o resto da pena em sua terra natal, o que, na prática, poderia significar a libertação do motorista. 

"Como aqui não é crime [posse de cloridrato de metadona], nós vamos entrar com um habeas corpus, um pedido de liberdade, enfim, vamos colocá-lo em liberdade aqui no Brasil. Nossa estratégia é essa."

Em outra frente, segundo o advogado, ainda há esperança de que o brasileiro obtenha um perdão do governo russo. Mas, para isso, é preciso que a situação esteja definida, já com a divulgação da sentença referente ao provável recurso que deve ser apresentado pela acusação.

"Após o recurso de apelação, nós vamos apelar também, junto com esse recurso do Ministério Público, tentar diminuir ainda mais essa pena dele, para que ele venha o mais rápido de volta para o Brasil. Mesmo que a sentença dele seja aumentada pela juíza, através do recurso de apelação do Ministério Público, isso não é empecilho para ele ser transferido para o Brasil ou para obter o perdão do governo russo."

Em nome da família do jogador Fernando, sua sogra, Sibele Rivoredo, também se manifestou sobre a decisão da Justiça russa, expressando esperança de que a sentença possa ajudar nos esforços empreendidos em prol de um retorno de Robson Oliveira ao Brasil. 

"Ficamos com a esperança de que, com a sentença, a liberdade de Robson seja conseguida o quanto antes por meio da relação diplomática entre os governos do Brasil e da Rússia. Desde o começo, estamos fazendo todo o possível para que ele seja liberto e possa voltar ao Brasil e torcemos para que o resultado do julgamento possa acelerar isso", disse ela por meio de nota enviada por sua assessoria à Sputnik Brasil.

Noticias: https://br.sputniknews.com/russia/2020120916586461-apos-sentenca-advogado-comenta-estrategia-para-libertar-robson-oliveira/