SÃO FÉLIX, A MORTE DO RIO FRESCO
“HÁ
ALGO DE ERRADO no nosso Xingu, quando um caçador mata um animal silvestre isto
pode leva-lo para a cadeia, mas destruir um rio inteiro, provocar a contaminação
dos peixes, deixar aproximadamente meio milhão de pessoas sem água potável e provocar a extinção de toda espécie
existente neste local, ser punido apenas com multa, já demonstra que estamos
com sérios problemas com nosso maior patrimônio, o qual chamamos de Rio Fresco.”
Desabafa Alvino Filho, integrante do Projeto VIVA O RIO FRESCO, que luta em busca de soluções sustentáveis para todos, abraçando o leito do famoso rio, em conjunto com Allan Arraes e Filipe Alves.
Partir
de Ourilândia, máquinas e homens, numa brutalidade feroz estão determinados a
liquidar o rio e a floresta no em torno. E estão conseguindo. Hoje a paisagem
assusta pela transformação.
E
ninguém vê. Nenhuma autoridade, seja a nível municipal, estadual ou federal. O ouro
ilegal retirado é enviado para suprir contas e lavar dinheiro mundo afora. A dívida
ambiental, social, moral e econômica fica para São Félix do Xingu, que recebe a
destruição e está sozinha, na linha de frente pela preservação das belezas e do
ambiente do Xingu.
As
imagens que ilustram essa matéria falam por si. Esta impressão de feridas, de
fraturas na terra e mata são reais. A pressa na garimpagem ininterrupta das
riquezas da florestas não respeita nada. Nem a lei, nem a vida.
Perguntamos
ansiosos: onde estão as autoridades? Cadê o IBAMA, DNPM, PF, MPA e tantas
autoridades. Porque ninguém fez ou faz nada?
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