Empresários
negociam ampliar parceria com alemães sobre indústria 4.0
Conceito se refere à revolução das chamadas
fábricas inteligentes
Publicado
em 27/06/2018 - 15:41
Por Agência
Brasil Brasília
No 36º Encontro Econômico Brasil
Alemanha (EEBA), em Colônia, na Alemanha, um grupo de empresários brasileiros
apresentou proposta para ampliar o projeto-piloto de digitalização da indústria
nacional e alemã. O projeto é resultado da parceria de 13 grandes empresas,
seis brasileiras e sete alemães, em busca do salto de produtividade previsto
com a indústria 4.0.
Na indústria 4.0, a internet está no centro da automação industrial
(Governo do Espírito Santo/Divulgação)
A indústria 4.0 ou Quarta
revolução Industrial é um conceito que se refere à prática das chamadas
“fábricas inteligentes” com estruturas modulares, sistemas que monitoram os
processos físicos, criando uma espécie de cópia virtual do mundo físico, e
orientando decisões descentralizadas. A internet está no centro do sistema.
O projeto de parceria do Brasil
com a Alemanha reúne Embraer, Totvs, WEG, Ioschpe, WEG, Eurofarma, Siemens,
Bosh, SAP e Festo, entre outras. A cooperação entre os setores privados do
Brasil e da Alemanha busca também aumentar as tecnologias digitais em pequenas
e médias empresas (PMEs) e a criação de métodos de treinamento para a indústria
4.0.
Mudança de modelo
No acordo, há proposta para
desenvolver cursos técnicos e superiores para formar profissionais preparados
para lidar com as necessidades da transformação digital, assim como a demanda
de empresas internacionalizadas.
Em nome dos empresários
brasileiros, a proposta de ampliação da parceria com os alemães foi detalhada
pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre,
durante o encontro em Colônia. O evento reuniu 500 empresários, entre eles 260
brasileiros.
O gerente-executivo de Política
Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, disse que a nova revolução industrial
no Brasil permitirá ganhos de produtividade, aumento da eficiência e integração
da produção, mas também vai exigir mudança de modelos de negócio das empresas.
Para João Emílio Gonçalves, são
necessários o estímulo à adoção e ao desenvolvimento de novas tecnologias, além
da expansão da infraestrutura de banda larga, mudanças na regulação brasileira
e treinamento dos recursos humanos.
Participaram do encontro, os
presidentes das federações estaduais das indústrias do Rio Grande do Norte
(Fiern), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte;
do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry; de Roraima (Fier), Rivaldo
Neves; do Maranhão (Fiem), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (Fiemg), Flavio
Roscoe.
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Edição: Davi
Oliveira
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